Dengue, zika e chikungunya: prevenção é o melhor remédio

12/02/2016

O verão é época de sol, calor e chuvas intensas, porém rápidas. Muitas pessoas aproveitam esta época para viajarem para praias, já que com o tempo quente a melhor escolhas para férias ou feriados é o litoral. Entretanto, muitos esquecem de um convidado não muito desejado, que também aparece em companhia do verão, o mosquito aedes aegypti.

Este mosquito aproveita-se da água parada das chuvas para se reproduzir, e o tempo de incubação de seus ovos até o mosquito adulto não dura mais que sete dias. Ele se alimenta de sangue e é transmissor de três doenças: o zika vírus, dengue e chikungunya. Estas três doenças já são conhecidas pela ciência, porém devido a mutações e a sua atual adaptação, estão se tornando mais comuns e recebendo atenção dobrada de médicos e especialistas.

Ambas as doenças possuem os mesmos sintomas gerais que são febre, dor no corpo e no olho, vermelhidão na pele com coceira, náuseas e vômitos. Com isso à uma certa dificuldade em se diagnosticar qual delas está atuando em uma pessoa em uma primeira consulta, por isso a necessidade de se realizar um exame de sangue que identifique o vírus correto.

A transmissão das doenças é feita pela picada do mosquito, que pode transmiti-lo de uma pessoa para outra, caso uma delas esteja infectada. O zika vírus também pode ser transmitido verticalmente (de mãe para filho durante a gravidez) - também houve a identificação do vírus em fluidos masculinos, o que torna provável a transmissão por via sexual.

Caso não haja a identificação e tratamento correto, principalmente no caso da dengue, pode haver casos hemorrágicos da doença que causam a morte do infectado. Nos casos de infecção pelos vírus zika e chikungunya, também há a possibilidade de evoluírem para quadros mais graves, porém estes casos são bem mais raros.

Segundo o médico e conselheiro da ACIL, Claudiney Lotufo, a única prevenção existente hoje é o controle do mosquito. “Só não se adquire as doenças se a pessoa não for picada. O uso de repelentes e telas protetoras devem ser somados aos combate do mosquito, e de seus pontos de proliferação. Vários repelentes no mercado são efetivos para evitar a picada do mosquito, só devemos tomar cuidado com o tempo de ação de cada um deles”, conta o médico.

Em Limeira ainda não há casos confirmados de pessoas infectadas pelo vírus zika ou chikungunya, mas a possibilidade de seu aparecimento nunca deve ser descartada enquanto o mosquito existir na cidade. No ano passado, Limeira sofreu com uma epidemia de dengue com vários casos de óbito. Este ano até o momento existem a notificação de aproximadamente 800 casos, sendo que destes 28 já foram confirmados como sendo a doença. Com o período de chuvas a tendência é que os casos aumentem.

Tratamento

A terapia inicial para as três doenças é feita através da reposição de líquidos, e controle da febre e das dores. Deve-se evitar qualquer medicação anti-inflamatória, que inclusive vem com um aviso em suas bulas, alertando que não devem ser usados nestes casos. Mas é claro que assim que forem sentidos os primeiros sintomas, o paciente deve procurar o auxílio de um médico e evitar a todo custo a automedicação.

Para se evitar a reprodução do mosquito, e assim a proliferação dos vírus, são necessárias ações simples, como não deixar água parada em garrafas, pratos de plantas, canecas, pneus e etc. Deve-se também fazer a cobertura de caixas d’água e piscinas que não estejam em uso, além de manter limpos bebedouros de animais e fontes ornamentais. “É importante que todos façam sua parte, população e prefeitura, a luta é de todos”, acrescenta Claudiney.

 

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