PIB do primeiro trimestre de 2016 se mantém estagnado

29/06/2016

Segundo dados divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiros de Geografia e Estatísticas (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro neste primeiro trimestre manteve-se o mesmo, se comparado aos últimos três meses do ano passado, tendo um recuo de apenas 0,3%. Porém se comprado estes dados com o mesmo período do ano passado, e no acumulado dos últimos quatro trimestres, houve uma queda de 5,4% e 4,7%.

O componente mais relevante para a pesquisa é o consumo das famílias, que apresentou uma queda de 6,3%. O número está associado à redução de renda e crédito, pelas maiores taxas de juros e pela insegurança que a população tem enfrentado em relação a empregos, que traz menos confiança no trabalhador para o consumo.

Outro segmento que teve queda foi o de investimentos produtivos e de infraestrutura, que teve retração de 17,5%, o que é explicado principalmente pela diminuição das expectativas dos empresários de todos os setores, em decorrência da crise política, econômica e moral pela qual atravessa o País.

A indústria também sofreu uma grande baixa, que alcançou 7,3%, refletido principalmente na indústria de transformação (-10,5%), construção civil (-6,2%) e na extração mineral (-9,6%). Também mostraram forte queda o setor do comércio atacadista e varejista (-10,7%) e o setor de transportes, armazenagem e correios (-7,4%), que são o reflexo da baixa demanda e da produção industrial.

Segundo o presidente de ACIL, José Mario Bozza Gazzetta, este é um sinal muito importante. “Apesar de tudo, o Brasil não parou. Isto é o reflexo da confiabilidade que os empresários tiveram no primeiro trimestre, em relação a possível mudança do governo, que foi concretizada, e de como a economia poderia tomar um novo rumo a partir disso”, conta o presidente. Gazzetta também acredita que no fechamento do segundo trimestre, os números serão mais positivos, pois apesar das ações do governo ainda não estarem influenciando diretamente na economia do país, elas já mostram ao empresário que ele terá um novo cenário para atuação. 

Mesmo com o panorama atual de intensificação da crise que abate a economia, diversos indicadores de comportamento antecedentes ou coincidentes com o desempenho do PIB, começam a demonstrar a parada da recessão, devido principalmente à menor base de comparação. Segundo economistas, não deve ser descartada a possibilidade de que comece a haver alguma recuperação da confiança por parte do consumidor e do empresário. “Isto é muito importante para nós empresários, pois está mostrando que apesar de ainda não termos uma mudança do cenário, estamos no caminho certo. Esta recuperação irá acontecer, ela só depende do grau da gravidade em que se encontra a economia do País”, acrescenta Bozza Gazzetta.

 

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