Pets necessitam de cuidados especiais em dias de calor excessivo

24/10/2017

A primavera chegou e trouxe com ela dias quentes e com muito sol, por essa razão a hidratação é muito importante nessa época em que as temperaturas estão elevadas, e com os animais de estimação o cuidado deve ser redobrado. “Os animais domésticos possuem temperatura corporal que pode variar entre 37,5ºC a 40ºC, dependendo da espécie e raça. Este fator demanda um pouco mais de atenção em estações do ano com temperatura ambiental mais elevada”, destaca o veterinário da 100% PET, João Gabas Lopes.
Segundo a explicação do veterinário, alguns animais, em especial os braquiocefálicos (focinho curto), possuem uma característica na qual o palato mole (porção final do céu da boca), sobre altas temperaturas, pode se alongar, provocando a obstrução respiratória dos animais. “O mais indicado para prevenção desta patologia é manter o animal sempre em ambiente fresco e arejado, principalmente nos períodos de maior calor. E sempre que possível, utilizar potes de barro para que a água fique fresca por mais tempo. Outra dica é utilizar pedras de gelo na água, para ajudar a diminuir sua temperatura”, orienta Lopes.
Muitos cuidadores têm dúvidas em relação ao trato dos pets de pelagem longa por acreditarem que estes sofrem mais com o calor por terem pelos em excesso. “Ao contrário do que nossa mente imagina, na maioria das vezes a pelagem defende a pele dos animais contra a absorção de radiação ultravioleta (UVR), não gerando um aumento considerável de temperatura.” 
Aproximadamente 3% da troca de calor dos pets é realizada via pele, o restante da troca de calor, é feita pela respiração. “Por essa razão os cães arfam frequentemente, já os gatos não arfam, mas aumentam sua frequência respiratória. Então, os pulmões dos animais funcionam mais ou menos como um radiador, retirando o calor do corpo e a lançando no ambiente pela respiração. Sendo assim, manter o animal em ambiente fresco e arejado, já é suficiente para ajudá-lo na manutenção da temperatura ideal”, afirma o veterinário.
Manter os animais hidratados também é muito importante. Os cães procuram água com mais frequência, porém os gatos, mesmo em dias quentes, não tem esse hábito e não buscam água como deveriam, e por isso tendem a desenvolver patologias geradas pela desidratação. “Devido a isto, devemos instituir terapias alimentares que aumentem a ingestão hídrica dos felinos, como ração úmida ou sachês, independente da marca.”
Outras dicas importantes do veterinário são não passear com os animais em horários em que a temperatura estiver elevada; não deixar o pet amarrado em corrente em locais não sombreados; não deixar o animal em ambiente pouco arejado onde a temperatura do ambiente possa formar um bolsão de ar quente (como quartos com telha de amianto), evitar dar banho excessivamente, pois podem fazer mal para o animal (o mais indicado é uma vez por semana ou a cada quinze dias). “Vale ressaltar que o pet deve ser bem seco após o banho”, alerta Lopes. 
Para identificar quando os pets estão em estresse térmico, os cuidadores devem ficar atentos aos sinais mais comuns, como inquietação, aumento da frequência respiratória, vaso dilatação periférica (vista com facilidade nos olhos e boca), cansaço, entre outros. O aumento da temperatura ao extremo pode gerar convulsões e até a morte, então cuidar do bem-estar do animal em dias quentes é muito importante.

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