Mães empreendedoras conciliam trabalho e família

05/05/2016

O Dia das Mães é uma das datas comemorativas mais esperada no ano. É o dia em que os filhos de mulheres de todo o país demonstram todo o amor, carinho e gratidão que possuem por suas mães sejam elas biológicas, de criação, mãe-avó, mãe-tia, pai-mãe, ou seja, qualquer pessoa que tenha dado todo o carinho e atenção necessária para o crescimento saudável e feliz.

Ser mãe não é um papel fácil de ser desempenhado. Exige atenção, prática e a cima de tudo paciência. Serão horas dedicadas a ajudar e educar os filhos, para que eles se tornem pessoas com caráter e valores positivos. Se ser mãe por si só já é uma tarefa difícil, quem dirá ser mãe e empreendedora ao mesmo tempo? 

Empreender é algo que exige tempo, dedicação, paciência e um certo “jogo de cintura”, o que não difere muito de criar um filho. Como conta Gisele Malagutti, 33 anos, “É desafiador, pois preciso ainda mais trabalhar a gestão de tempo me dedicando entre filhos, lar, empresa e emprego paralelo”. Ela é mãe de Henrique Malagutti Filho de 4 anos e Henzo Malagutti de 5 meses, além de proprietária da Malagutti Eletricidade e professora do Senac Limeira.

Para Gisele, ser mãe e empreendedora é se renovar a cada dia que passa. “Criei uma capacidade de ensinar e estar sempre aprendendo, pois a cada dia é um dia novo, muitas surpresas, exatamente como empreender. Um desafio diário. E o que não me falta é força, foco e fé. Em cada tempo me dedico com muito amor e carinho, me realizando pessoalmente e profissionalmente”, acrescenta a empreendedora. Ela conta que seu marido está muito presente em todos os aspectos de sua vida, tanto na educação dos filhos e nos afazeres domésticos, quanto na empresa como administrador.

Apesar dos altos e baixos da vida, e da correria do dia a dia, Gisele sente-se realizada tanto como mãe, quanto como empreendedora. “Vale muito a pena, é cansativo, mas amo o que faço e ser ‘mãe’ é uma dádiva divina, aumenta nossas alegrias, diminui o nosso tempo, multiplica os nossos cuidados e divide as nossas experiências”, finaliza ela.

Existem as empreendedoras que já desempenham seu papel de mãe há algum tempo, como é o caso de Cristina Aparecida Giorgetti Chinellato, de 57 anos e proprietária da Ótica Visional. “O maior desafio foi equilibrar o tempo entre o trabalho e o convívio com as crianças. Eu tenho dois filhos com diferença de dois anos entre eles. Praticamente o mais novo foi criado dentro da ótica”, conta a empresária.

Hoje Cristina trabalha ao lado do filho mais novo, Diego Giorgetti Chinellato de 28 anos. “É bom estarmos juntos, mas há momentos em que é preciso separar o emocional do racional. Não é fácil mas tentamos”, acrescenta. Assim como o filho, ela também começou no negócio de família, porém com seu falecido pai Geraldo Giorgetti, e ela espera que Diego continue fazendo com amor o que ela faz hoje. “Foi meu pai que me ensinou a ser uma empresária, uma mãe e uma mulher de caráter. Se hoje sou o que sou devo isso a ele. Espero que meus filhos deem continuidade ao que meu pai construiu”, diz a empreendedora.

Assim como Gisele, Aparecida enfrentou em sua época os mesmos desafios de conciliar e administrar seu tempo. “Houve momentos em que foi muito difícil conciliar o emprego e cuidar das crianças, principalmente quando ficavam doentes, embora sempre tive a ajuda de minha mãe”, conta. Ela também ressalta que hoje percebe que todo o esforço dedicado a ambas as coisas valeram a pena, pois “estou deixando para eles um legado de lutas e valores. Nada vem de graça, só se consegue alguma coisa com muito esforço e dedicação”.

Origem

A comemoração de uma data específica para as mães é de origem bem antiga. Na Grécia Antiga haviam celebrações para a entrada da primavera, em homenagem a deusa Reia, que era a mãe de Zeus e portanto, a matriarca de todos os deuses gregos. Na Idade Média existiam diferentes datas em comemoração ao feminino, em homenagem a Eva e Maria.

A primeira data oficial como sendo o Dia das Mães surgiu nos Estados Unidos. Anna Jarvis morava na cidade de Grafton, no estado da Virgínia Ocidental, e perdeu sua mãe em maio de 1905, e a partir deste dia, com a ajuda de várias colegas que também haviam perdido suas mães, criaram um dia especialmente para homenageá-las e passar a mensagem de importância que uma figura materna tinha para as crianças e jovens da época. Ao conhecer o trabalho de Anna, o então governador do estado, William E. Glasscock, definiu o dia 26 de abril de 1910 como a data oficial de comemoração das mães.

O Brasil agregou o conceito do Dia das Mães sob influência americana, e no dia 12 de maio de 1918, a Associação Cristã de Moços de Porto Alegre comemorou pela primeira vez a data. Porém foi em 1932, durante o governo de Getúlio Vargas, que o Dia das Mães passou a seguir também o molde de data dos Estados Unidos, passando a ser comemorado durante todo o segundo domingo do mês de maio.

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