Setembro é marcado pla Cinscientização sobre a Doença Alzheimer

21/09/2015

Entenda a doença e conheça suas formas de tratamento

A Doença de Alzheimer é considerada uma enfermidade incurável que se agrava ao logo do tempo, mas pode e deve ser tratada. Ela atinge homens e mulheres idosos, e por isso, ficou erroneamente conhecida como “esclerose” ou “caduquice”. Ela é uma das várias formas de demência ou perda das funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. “Essa demência se torna degenerativa e progressiva”, relata a voluntária da Associação Brasileira de Alzheimer, Mirian Martins. A doença também apresenta diversos graus e sinais variados durante os três períodos de desenvolvimento. Entre eles, está o estágio leve, que compete a confusões e perda de memória, além de desorientação espacial, dificuldades progressivas em atividades diárias, mudança de personalidade e na capacidade de julgamento. O moderado atinge principalmente a rotina diária, onde o portador sente dificuldades em tomar banho, comer e se vestir. Os delírios e alucinações também aparecem neste período. “Agitações noturnas, alterações no sono e dificuldade de reconhecer amigos e parentes também são desencadeados nesta fase”, ressalta Mirian, explicando que a partir disto, o portador passa a ter problemas para se comunicar e a depender diariamente de cuidadores. A voluntária também relata que, a ordem de progresso da doença não precisa acontecer necessariamente igual em todos os casos. Alguns portadores nem chegam a desencadear alguns sintomas. 

O diagnóstico 

É muito comum que os sintomas iniciais da Doença de Alzheimer sejam confundidos com um processo de envelhecimento natural. “Essa confusão tende a adiar a busca por orientação profissional e passa a ser diagnosticada tardiamente retardando o tratamento da doença”, comenta. Para o diagnóstico, é preciso realizar uma avaliação clínica com a presença do paciente e do cuidador, exame físico, neurológico e psiquiátrico breve. O segundo passo são testes de rastreamento cognitivo e atividades para a função verbal. “Os exames laboratoriais complementares chegam em terceiro plano, que excluem definitivamente outras doenças que poderiam levar ao quadro semelhante”, completa Mirian. A importância de realizar os exames rapidamente é para que o tratamento também seja precoce, aumentando a qualidade de vida do portador. Durante o diagnóstico, o apoio e presença de familiares se tornam fundamentais. Com luta diária, os futuros cuidadores precisam trabalhar com a aceitação da doença, pois a negação – muito comum em vários casos – atrasa o tratamento e aumenta a chance de progresso da doença. “É muito comum que familiares passem a não aceitar a doença, principalmente quando são conjugues e filhos e preferem acreditar que determinados comportamentos humorados do portador deixam de ser sintoma da doença”, afirma Mirian. 

O tratamento 

Existem os tratamentos com medicamentos e o complemento, com terapias e exercícios essenciais. A voluntária ressalta que o tratamento com medicamentos atingem diretamente os sintomas, mas não a causa, que ainda é desconhecida. “Eles irão corrigir os déficit cognitivos e distúrbios comportamentais”, afirma. Já os tratamentos que não utilizam medicamentos, devem ser considerados complementos ao primeiro tratamento, como fisioterapia, terapia ocupacional, fonoaudiologia, orientação nutricional, entre outros. “A musicoterapia, por exemplo, é uma ótima escolha para os portadores. Ela trabalha a memória, humor, serenidade e o trato social”, comenta. Alguns tratamentos não medicamentosos, como a fisioterapia e atividades físicas devem se estender por toda a vida do paciente. É nesta fase em que o portador trabalha o desenvolvimento e executa ao máximo os movimentos motores e cardio respiratórios. “A fonoaudiologia também é uma das terapias importantes deste ciclo. Manter a capacidade da fala e possíveis problemas de deglutição”, comenta Mirian. Atividades físicas e intelectuais para os portadores que ainda mantém esta funcionalidade são ótimas alternativas para manter a região do cérebro sempre em atividade. “Caminhada, quebra cabeças e algumas leituras são de suma importância para a qualidade de vida e retrocesso da doença”, enaltece. 

A ABRAZ
A Associação Brasileira de Alzheimer – ABRAZ é uma entidade sem fins lucrativos e tem como prioridade divulgar a doença e contribuir para o constante investimento no tratamento de pacientes e apoio aos familiares e cuidadores. A ABRAz apoia a ADI - Alzheimer’s Disease International, no desafio de sensibilizar a população e reduzir o estigma que cerca a doença e afasta as pessoas da identificação de sintomas e do enfrentamento do problema. A sede de Limeira realiza reuniões mensais com profissionais da área de saúde toda segunda quinta-feira do mês, sempre às 19h no Auditório da Medical. Além disso, realizam visitas a domicílio proporcionando assistência médica e doação de materiais como fraldas e outros assessórios para as famílias de portadores mais carentes. “É possível participar de nossa campanha sem mesmo ter parentes ou conhecidos
com a doença”, ressalta. A ABRAZ fica na Casa do Conselho de Limeira, na Rua Trezes de Maio, 101, centro. É possível obter mais informações sobre a entidade pelo telefone (19) 3033-4520, das 14h às 17h.

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